terça-feira, 20 de abril de 2010

Farmácia Popular começa a oferecer remédio contra gripe H1N1

A partir de hoje, as 530 unidades próprias do programa passam a disponibilizar o fosfato de oseltamivir. Medicamento será gratuito para pacientes com receita médica



O fosfato de oseltamivir, remédio usado no tratamento da gripe H1N1, começa a ser oferecido gratuitamente nesta quinta-feira (15) pelo Programa Farmácia Popular, do Ministério da Saúde. Todas as 530 unidades próprias espalhadas pelo Brasil estão abastecidas com o oseltamivir e prontas para atender à procura de pacientes com sintomas de gripe. No total, serão dois milhões de tratamentos disponíveis à população. O medicamento engrossa a lista de 107 itens oferecidos no Farmácia Popular, que conta com analgésicos, anti-hipertensivos e preservativos.

Para retirar o oseltamivir, o cidadão deve apresentar a identidade e a prescrição do medicamento emitida por médico da rede pública ou privada. A receita tem validade de cinco dias e ficará retida na unidade do Farmácia Popular. “A receita é fundamental para evitar a automedicação, a corrida às farmácias e a venda de forma indiscriminada”, justifica o diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, José Miguel do Nascimento Júnior.

O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), foi responsável pela produção do medicamento, a partir do princípio ativo que o Ministério da Saúde tinha em estoque. A entrega do oseltamivir para a rede do Farmácia Popular também ficará sob responsabilidade de Farmanguinhos. O laboratório enviará ao Ministério relatórios quinzenais sobre a demanda em cada uma das unidades próprias. A intenção é monitorar a procura pelo remédio e controlar a distribuição dos tratamentos, de acordo com as necessidades locais.

“Não vai faltar remédio para a população. O Farmácia Popular é só mais uma das portas de acesso ao medicamento contra a nova gripe”, ressalta José Miguel Nascimento Júnior. O oseltmivir também pode ser encontrado em postos e hospitais definidos pelas Secretarias de Saúde dos 26 estados e do Distrito Federal. Para 2010, o Ministério da Saúde tem estoque de 21,9 milhões de tratamentos adultos e pediátricos.

INDICAÇÃO ESPECÍFICA – O medicamento não é indicado para todo e qualquer caso de pessoa com sintoma de gripe. De acordo com as recomendações do Ministério da Saúde, o oseltamivir deve ser utilizado em pacientes com quadro de doença respiratória grave, cujo início dos sintomas tenha ocorrido no período de 48 horas. O antiviral, segundo avaliação médica, também está indicado para tratamento de pacientes com sintomas de gripe que sejam portadores de fatores de risco, como doença crônica e gravidez. Porém, segundo a orientação do fabricante, o laboratório Roche, o medicamento deve ser usado durante a gravidez somente se o benefício justificar o risco potencial para o feto.

O Ministério da Saúde alerta que as indicações de uso do medicamento se baseiam na bula do medicamento, conforme seu registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nas recomendações da Organização Mundial da Saúde e em estudos científicos. Prescrição e dispensação do medicamento fora das recomendações do Ministério ficam sob a responsabilidade conjunta do médico responsável pela prescrição e da autoridade de saúde local.

FARMÁCIA POPULAR – Criado em 2004, o Programa Farmácia Popular visa a ampliar o acesso da população a medicamentos essenciais. Os produtos são subsidiados pelo governo federal, que chega a arcar com 90% do valor. Atualmente, a rede alcança 410 municípios das 27 unidades da federação. Por mês, mais de 950 mil pessoas utilizam o serviço.


Chocolate amargo pode ser benéfico contra a cirrose hepática, diz estudo

O chocolate escuro rico em cacau pode, no futuro, ser prescrito para pessoas com cirrose e outros problemas no fígado, segundo estudo espanhol apresentado este mês no Congresso Internacional do Fígado, na Áustria. De acordo com os autores, esse tipo de chocolate reduz a pressão sanguínea no fígado - que pode chegar a níveis perigosos em pessoas com cirrose hepática -, diminuindo os danos aos vasos sanguíneos desses pacientes.

A cirrose é uma séria doença hepática que ocorre como resultado de dano contínuo de longo prazo ao fígado - causada por diversos fatores, incluindo infecção e abuso de álcool. Na cirrose, a circulação no fígado é prejudicada por estresse oxidativo devido à quantidade reduzida de antioxidantes, com os pacientes podendo apresentar, após a alimentação, um aumento na pressão sanguínea nas veias abdominais e no fígado - ou hipertensão portal.

Avaliando 21 pessoas com doença hepática avançada, os pesquisadores descobriram que os pacientes que passaram a consumir chocolate com 85% de cacau apresentaram menor aumento na pressão sanguínea do fígado do que aqueles que ingeriam chocolate branco. “Esse estudo mostra uma clara associação entre comer chocolate escuro e (menor) hipertensão portal, e demonstra a potencial importância de melhorias no controle de pacientes cirróticos”, disse o pesquisador Mark Thursz, do Imperial College de Londres.

O estudo segue a linha de diversas outras pesquisas que indicam benefícios dos chocolates, principalmente para a saúde cardiovascular. Os especialistas acreditam que a razão dessa proteção é a grande quantidade de antioxidantes chamados flavonoides nesses alimentos, que ajudam a relaxar e ampliar o interior dos vasos sanguíneos, facilitando a circulação do sangue. Entretanto, mais estudos são necessários para confirmar os efeitos do cacau no fígado e para desenvolver abordagens terapêuticas baseadas nos resultados.


Fonte: EurekAlert. Public release. 15 de abril de 2010.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Pacote contra a crise em Imperatriz será de R$ 11 milhões

De imediato, serão criados 41 leitos de UTI. Em 50 dias, deve ser entregue um projeto para a construção de hospital com 300 leitos e reorganização do atendimento regional


O Ministério da Saúde recebeu nesta segunda-feira (5) e aprovou o plano de estruturação da rede de terapia intensiva de Imperatriz, no Maranhão. A cidade que vem sofrendo uma crise no setor deve receber um total de R$ 11,3 milhões, sendo R$ 4,1 milhões para investimento em infra-estrutura e outros R$ 7,2 milhões anuais para custear ações como ampliação do atendimento e abertura de novos leitos de UTI. Técnicos do Ministério da Saúde estiveram na última semana na cidade para verificar a situação local e as medidas que poderiam ser tomadas pelo governo federal. O pacote ainda prevê a construção de um hospital e reorganização do atendimento regional.

“O Ministério da Saúde está dando total apoio financeiro para a contratação e custeio de equipamentos para a montagem imediata e emergencial de leitos de terapia intensiva. Isso conta, por exemplo, com respiradores e monitores, entre outros equipamentos e inusmos de suporte à vida”, disse o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame.

Imediatamente, devem ser abertos dez leitos de UTI pediátricos e 4 leitos de adultos no Hospital Municipal, além de 27 leitos de UTI neonatais no Hospital Regional. O acerto é que a Secretaria Municipal de Saúde buscará também suporte na rede privada para atender os casos de emergência que necessitem de leitos de UTI. Como contrapartida ao investimento federal, o município se encarregará de providenciar a estrutura física para a montagem leitos nos hospitais do município.

Para o médio prazo, o município de Imperatriz/MA deve apresentar em 50 dias uma proposta de construção de um novo hospital com capacidade para abrigar 300 novos leitos. O total do investimento ainda será acertado entre o Ministério da Saúde e a prefeitura.

A Secretaria Estadual de Saúde está comprometida em reorganizar a rede assistencial básica e providenciar o reforço com cuidados intermediários dos 52 municípios do Maranhão que são atendidos em Imperatriz. Além disso, quer-se estabelecer negociação com os estados de Tocantins e Pará para diminuir a carga de atendimento enviada para Imperatriz.

Fonte : Portal Ginmed.com.br - Press Release Ação Federal 05/04/2010, Ministério da Saúde

IBGE e Ministério da Saúde recebem prêmio internacional por pesquisa de tabagismo

Brasil foi o primeiro país a concluir levantamento detalhado sobre o perfil do fumante. Resultados balizam políticas públicas para combater o problema


Cinco entidades internacionais premiaram o Brasil nesta quarta-feira (31) pela realização de pesquisa sobre o uso de cigarro no País. A Pesquisa Especial de Tabagismo (PETab), divulgada em novembro do ano passado, foi feita graças a uma parceria entre o IBGE e o Ministério da Saúde. O prêmio, recebido pelo presidente do instituto, Eduardo Nunes, e pelo ministro José Gomes Temporão, foi oferecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Organização Panamericana da Saúde (OPAS), Fundação Bloomberg, Centers for Diseases Control and Prevention (CDC) e Johns Hopkins University.

As cinco instituições atuaram como parceiras ao incentivar a realização de pesquisa de tabagismo em 14 países. O Brasil foi o primeiro a finalizar esse levantamento. “Este prêmio coroa a parceria entre o Ministério da Saúde e o IBGE que fazem uma série de pesquisas para conhecer as condições da saúde do brasileiro e, assim, poder melhorar acesso e atendimento na rede pública”, destacou o ministro Temporão durante a entrega do prêmio nesta quarta-feira (31), no Rio de Janeiro.

De acordo com os dados, 17,2% brasileiros fumam e, desses, 52,1% pensam em parar. Além da prevalência de fumantes, a PETab apresentou dados inéditos como: o gasto do brasileiro com cigarro; o impacto da mídia na percepção das pessoas sobre a droga; e a proporção dos dependentes que tentam deixar o vício e recorrem à assistência na rede pública de saúde.

O ministro José Gomes Temporão considera que PETab foi a pesquisa mais ampla já feita no País sobre o tabagismo e tem uma repercussão na formulação de políticas públicas. “Em cima desses números, nós fazemos o planejamento de intervenções. Montamos uma estratégia mais abrangente, no sentido de definir prioridades do nosso trabalho, do controle de tabagismo”, ressalta.

RESULTADOS - O IBGE entrevistou 39 mil brasileiros. O Ministério da Saúde investiu R$ 1,7 milhão na realização da pesquisa. Outros R$ 2,8 milhões foram aplicados pelos cinco parceiros internacionais. Os outros países que receberam recursos para fazer o levantamento de tabagismo foram: Bangladesh, China, Filipinas, Índia, México, Egito, Polônia, Rússia, Tailândia, Turquia, Ucrânia, Uruguai e Vietnã.

O estudo realizado no Brasil confirma a importância do esforço que vem sendo feito em relação à regulação da propaganda de cigarros. Ao todo, 65% dos entrevistados pelo IBGE pensaram em parar de fumar por causa das fotos ou advertências nos maços de cigarro. O fumo foi reconhecido pelos entrevistados como causa de derrame (73,1), ataque cardíaco (86%) e câncer de pulmão (95%).

Fonte : Portal Ginmed.com.br - Press Release Saúde 31/03/2010, Ministério da Saúde.

Pesquisa do IBGE revela que aprovação dos serviços de saúde no Brasil supera 86%

Cresce procura por postos de saúde • Saúde da Família alcança mais da metade da população • Mais mulheres fazem mamografia e brasileiro vai mais ao dentista • Número de fumantes cai pela metade


A aprovação dos serviços de saúde no País chega a 86,4%, aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2008, divulgada nesta quarta-feira (31). Dos 26,7 milhões de brasileiros que se consultaram na rede pública ou privada nas duas semanas anteriores ao levantamento, mais de 23 milhões consideraram “muito bom ou bom” o atendimento recebido. Quase 57% dos entrevistados usaram o Sistema Único de Saúde (SUS). O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, considerou importante os avanços apontados no estudo do IBGE, que mostra ainda a ampliação do acesso à rede pública de saúde – mais consultas, mais exames preventivos e maior cobertura da Estratégia Saúde da Família.

De acordo com a PNAD 2008, cerca de 80 milhões de pessoas procuraram postos e centros de saúde naquele ano – o que corresponde a 56,8% da população que vai regularmente ao médico. Em 1998, a proporção era de 41,8%. Se por um lado aumentou a utilização das unidades básicas de saúde, por outro lado, a procura por ambulatórios de hospitais caiu. Apenas 12,2% das pessoas recorrem normalmente aos serviços ambulatoriais. Em 1998, a proporção era de 21,5%.

Essa queda ilustra uma mudança na mentalidade dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). “No passado, o hospital era visto como a referência, o centro do atendimento público. Com a organização que estamos conseguindo imprimir gradualmente na rede, os postos e centros de saúde são considerados a porta de entrada do SUS”, afirmou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, durante o lançamento da PNAD 2008 nesta quarta-feira (31), no Rio de Janeiro.

Postos e centros de saúde realizam prevenção, diagnóstico de doenças e vacinação. A crescente procura por esses locais é resultado da integração da atenção básica com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que atendem os casos de urgência no intuito de desafogar os hospitais.

SAÚDE DA FAMÍLIA – O reforço na Estratégia Saúde da Família (ESF) também contribui com a maior procura pelas unidades básicas de saúde. Os agentes comunitários vão de casa em casa para orientar a população sobre práticas de vida saudável. Eles também explicam a importância de recorrer ao posto para prevenir doenças, evitando complicações e internações em hospital.

A PNAD 2008 revela que 27,5 milhões de casas estão cadastradas na Estratégia da Saúde da Família (ESF). São 96,5 milhões de pessoas cobertas – o que corresponde a 50,9% da população. Os dados confirmam a expansão do programa, conforme já anunciado pelo Ministério da Saúde.

As famílias de menor renda são as principais beneficiadas: 54% das pessoas atendidas têm rendimento de até dois salários mínimos. As regiões Nordeste e Norte têm a maior cobertura: 67,7% e 53% dos habitantes, respectivamente. O ministro José Gomes Temporão lembra que os Estados Unidos estão seguindo o exemplo da Europa e do Brasil, depois que o presidente Barack Obama conseguiu aprovar no Congresso a reforma do sistema de saúde. /O novo modelo de saúde norte-americano tenta fugir de um sistema que produz desigualdade para se aproximar de um modelo universal, como o SUS/, avaliou.

EXAMES PREVENTIVOS – De acordo com a PNAD 2008, a proporção de mulheres de 50 a 69 anos que se submetem a mamografia cresceu de forma expressiva em cinco anos, atingindo 71,5%. Em 2003, 54,8% das brasileiras nessa faixa etária tinham feito o exame.

O acesso e a cobertura do exame para detectar o câncer de colo de útero também foram ampliados no Brasil. Aproximadamente 49 milhões de mulheres com 25 anos ou mais fizeram o papanicolau em 2008 – 84,5% da população feminina nessa idade. Em 2003, a proporção era de 79%.

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) apoia os estados na formulação de políticas públicas para ampliar o acesso ao papanicolau, para mulheres a partir de 25 anos, e à mamografia, para mulheres a partir dos 50. O Inca estabelece padrões de qualidade para esses testes e monitora os resultados por meio de sistemas de informação.

SAÚDE BUCAL – A proporção de brasileiros que nunca se consultaram com um dentista caiu para 11,7%, em 2008. Em 1998, a taxa era de 18,7%. A PNAD 2008 também aponta que a procura por atendimento bucal cresceu de 31,1% da população, em 1998, para 40,4%, em 2008.

Os números do IBGE reforçam os resultados positivos do programa Brasil Sorridente, criado em 2004 pelo Ministério da Saúde para melhorar a assistência odontológica dos brasileiros. O investimento na área cresceu quase nove vezes de 2002 a 2009 – passando de R$ 56,9 milhões para R$ 504 milhões. Nesse período, a cobertura do atendimento de saúde bucal saltou de 26,1 milhões para 91,3 milhões de pessoas.

REDUÇÃO DO TABAGISMO – Em 20 anos, a proporção de fumantes no País caiu praticamente pela metade. 17,2% dos brasileiros fumavam, em 2008, contra 33% em 1989. Ainda segundo a PNAD 2008, 65,8% das pessoas nunca experimentaram cigarro e 13,3% deixaram o vício.

Os dados respaldam a política de controle do tabagismo do Instituto Nacional do Câncer (Inca). No intuito de reduzir a atratividade do produto, o Ministério da Saúde passou a inserir imagens de advertência mais explícitas sobre os males causados pelo fumo nas carteiras de cigarro. O MS também limitou a publicidade da indústria do tabaco.

Fonte : Portal Ginmed.com.br - Press Release Saúde 31/03/2010, Ministério da Saúde.